O ano letivo de 1997, nos separa apenas três anos do terceiro milênio. Questão simbólica, talvez, mas uma simbologia que nos coloca diante de uma realidade incontestável e irreversível:mas do que nunca, temos de fazer educação com visão de futuro, sob pena de sermos atropelados pela modernidade. É de todos conhecido - mas às vezes é necessário repetir o óbvio - que, em tempo algum, a história da humanidade registrou mudanças e perspectivas infinitas para todos os campos do saber.
Cada um de nós, na condição de educador, tem diante de si um desafio fantástico de ser professor deste novo tempo, que nos encanta e convida para descobrirmos um novo jeito de o aluno aprender. Na verdade, este novo tempo assusta, porque as mudanças são constantes, e a novidade nos atropela. Já não temos mais condições de nos mantermos em dia com os acontecimentos e inovações da nossa área, quanto mais em outra...E o aluno chega à sala de aula, não poucas vezes, mais atualizado em termos de informação do que a gente.
Pois bem, amigos! Educação já não acontece de forma isolada, e a realidade de uma economia internacionalizada, globalizada e altamente competitiva tem profundo impacto na área educacional. Temos afirmado que queremos uma escola com visão de futuro num mundo sem fronteiras. Esta é a nossa vida. E educação acontece numa perspetiva de futuro. Educação exige que sejamos visionários. Profetas, utópicos. Portanto, tudo a ver com o homem que queremos formar.
Um novo paradigma para a construção do conhecimento, me parece, é o grande desafio para todos nós, num mundo de muitas inquietações, muitas perguntas e poucas respostas. Estamos singrando "mares nunca dantes navegados". O caminho para as índias já não o descobrimos pelos mapas da geografia de outrora...Quem sabe, pela Internet chegaremos lá!
Humor (às vezes, nada mais sério do que o humor!)à parte, voltemos a pergunta do título: qual a escola que chegará ao século XXI?
A escola que chegará ao século XXI será sem muros e participará da construção coletiva, ultrapassará o seu tempo, humanizará e transformará o mundo, possibilitando ao sujeito ser utópico e, ao mesmo tempo, contemporâneo de sí mesmo. A construção dessa escola necessitará de novos paradigmas, o olhar transformador de seus construtores, uma visão, um sonho coletivo e uma ação planejada.
Se por um lado, o atual estágio da história da humanidade nos lança tantas dúvidas e medos, por outro, sem dúvida, é também uma época fantástica de se viver e encarar este novo tempo com a mesma fé e determinação com que outrora os navegadores se lançaram mar a fora, desafiando as crenças dos homens de então, e descobriram novos mundos...Trabalhar por uma escola com visão de futuro num mundo sem fronteiras é um desafio gigantesco, que requer determinação inabalável de perseguir esta condição, único caminho para que os alunos de hoje não cheguem defasados ao mundo de amanhã.
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, Brasil, Olinda, Pernambuco
Estimular o registro e a sistematização de experiências pedagógicas
Guiomar faz parte da Equipe técnica da Divisão de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação de Olinda - PE e integra o Coletivo de Educadores de Jovens e Adultos de Pernambuco.
Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.
Texto original
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