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diálogos, propuestas, historias para uma cidadania mundial

Eu voto na revolução

Edileuza Neves ROCHA

07 / 1996

Sempre que se fala na história política do Brasil, pensamos em lutas pelo poder, onde políticos cultuam suas "personalidades" batendo firme no desmembramento do país. A FORÇA. Esta palavra inevitavelmente ocorre quando se considera o papel representado pelo político brasileiro, que deixa claro que: não temos os políticos do país, mas o país dos políticos.

Não seria esse o momento de analisarmos as causas dessas características que permite que políticos quando não têm passagens, abram caminhos à força, lançando sementes de discórdia que são adubadas com muita luta, e muitas lágrimas. Não foi só para sua organização enquanto país que o político brasileiro amadureceu tarde não. Amadureceu tarde também, para o estágio econômico do capitalismo. Onde repartem entre si (nem sempre amistosamente)as fatias do mercado e do bolo salarial. São irresistíveis as pressões que os políticos exercem sobre o povo. Por mais que eles sejam na ordem capitalista, representantes públicos dessas forças, não há uma relação total de dependência. Longe disso! É nesse momento que nos bate uma esperança de que se inverta os papéis e o povo chegue ao poder. Todas essas considerações, abrangendo - com inevitável superficialidade - um campo tão vasto, e parecendo à primeira vista tão distante do que sonha o povo brasileiro.

Todos esses fatos, nos permitem usar a expressão "heróis trágicos" dessa época. Onde se permite que haja o mito do bom bandido, que nos roubam o direito à cidadania, e ainda nos cobram o voto que lhes delegam poderes para toda essa prática de corrupção. E diante de tudo isso eu pergunto: onde estão nossos revolucionários? É chegada a hora da decisão suprema. Bem que poderíamos transformar esse momento de eleição numa grande revolução. E partiríamos para o próximo milênio de alma renovada, no delírio de viver dias gloriosos e felizes; fecharíamos esse século comemorando a vitória do povo, e a lutados trabalhadores. Fazendo valer o pensamento de um grande líder quando diz: "Que nunca mais ninguém ouse duvidar da capacidade de luta dos trabalhadores".

Palavras-chave

educação popular, educação


, Brasil, Pernambuco

Notas

Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.

Fonte

Texto original

SAPÉ (Serviços de Apoio à Pesquisa em Educaçào) - Rua Evaristo da Veiga, 16 SL 1601, CEP 20031-040 Rio de Janeiro/RJ, BRESIL - Tel 19 55 21 220 45 80 - Fax 55 21 220 16 16 - Brasil - sape (@) alternex.com.br

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