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diálogos, propuestas, historias para uma cidadania mundial

O isto e o aquilo

Cleide Figueiredo LEITAO

01 / 1995

Nesse momento de passagem - final de século, mudança de milênio - onde as palavras de ordem têm sido CRISE, GLOBALIZAÇ<O, NEO-LIBERALISMO, são muitas as questões que nos afligem, nos interrogam e nos provocam a mudança. Embora, algo que ainda não conseguimos definir, está também, mudando em nós.

Talvez premidos por essas mudanças tenhamos nos dado conta da ambigüidade da condição humana.

Não podemos mais, como de outras vezes, escolhermos entre: o bem e o mal, o certo e o errado,o humano e o natural, o isto e o aquilo, porque trazemos em nós todas essas possibilidades. E se é assim, por que evitamos o diferente?

Um dos desafios que essas mudanças nos impõe é o exercício de conviver com o diferente, entendendo que o diferente não é o antagônico, o oposto ou o contrário, mas essa diferença à qual me refiro está sintonizada, na verdade, com a diversidade presente na própria condição humana, demonstrada na variedade de opiniões sobre um mesmo assunto, na multiplicidade de versões, na singularidade de cada pessoa, enfim, no aspecto múltiplo do humano.

Essa condição nos exige aprender a negociar com o outro que não compartilha, necessariamente, da mesma opinião; de aprender a construir com o diferente, uma outra qualidade de relação, de convivência.

Esse aprendizado me parece uma alternativa para um exercício democrático em qualquer prática educativa se queremos de fato transformar as relações de poder na escola. Não podemos nos confrontar somente com iguais, pois as nossas chances de encontrar soluções de poder na escola. Não podemos nos confrontar somente com iguais, pois as nossas chances de encontrar soluções para os inúmeros problemas que a escola vem enfrentando reside na possibilidade de juntos, (piagetianos, construtivistas, montessorianos, paulofreirianos, frenetianos, vigotskinianos, e ainda todos os outros que não definem a sua prática a partir de uma determinada escola), podermos de fato, colocar o nosso conhecimento, a nossa contribuição a favor de uma educação de qualidade para todos.

Palavras-chave

educação popular


, Brasil

Notas

Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.

Fonte

Texto original

SAPÉ (Serviços de Apoio à Pesquisa em Educaçào) - Rua Evaristo da Veiga, 16 SL 1601, CEP 20031-040 Rio de Janeiro/RJ, BRESIL - Tel 19 55 21 220 45 80 - Fax 55 21 220 16 16 - Brasil - sape (@) alternex.com.br

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