Globalização, crise dos paradigmas, terceirização, informatização, Internet, marketing, self-services, andróides. Acorde! Você está ligado a um plug real e consumidor: A era Pós-moderna.
Historicamente esse tal Pós-moderno com seus "bits" e "blips" nasceu depois do "BOOM" da bomba atômica que tragicamente encerrou a segunda guerra mundial. Lá pelos anos 60, começou a mostrar, através de uma sociedade de consumo através de suas máquinas e signos, a composição da era do nada, do riso do próprio caos, da banalização da violência e da miséria.
A dificuldade de analisar e discutir esse tempo está em nossa própria contemporaneidade, afinal, estamos envolvidos, plugados, sendo aos poucos seduzidos pelas facilidades que nos oferece o mundo moderno. Perigosamente, muitas vezes, não paramos para ver qual o real retrato desse tempo e a quem interessa essa mistura de valores e signos.
Anunciada como demônio terminal e anjo anunciador, o Pós-moderno é um tempo de dúvidas e incertezas, onde não há lugar para movimentos revolucionários nem bandeiras de luta. A ordem é consumir serviços e alimentar indivíduos sem projetos, nem ideais, produto do próprio marketing do seu tempo, descrente de Deus, esvaziador das organizações, anti-tudo, passivo, conformista, perdido em seu senso de continuidade histórica.
A que sociedade interessa esse "pata físico indivíduo"? Voltemos ao "BOOM" da segunda guerra para dar de cara com o neo-liberalismo, criado após o fim da catástrofe com o intuito de reanimar o capitalismo e acirrar a luta contra o bloco comunista.
As coisas agora parecem ficar mais claras: a nova ordem criada pelas potências neo-liberais projetaram uma sociedade burguesa, consumidora de bens e serviços produzidos pelos países patrões que, investindo na despolitização e massificação social, adqüiriu clientela certa: cidadão em constante crise com sua história e seu tempo.
O discurso Pós-moderno semeia projetos individuais de mundo, e facilidade de viver, contrastante com a nossa realidade que parece ter de moderno, a fome, o desemprego, a violência e o alto índice de pessoas analfabetas e solitárias. Portanto! Antene-se, ligue-se!
Neo-liberalismo e Pós-modernismo caminham perigosamente juntos e têm alvo certo; NÏS. Indivíduos informatizados e tão modernos ao ponto de esquecer sua força, sua história, sua luta.
educação popular
, Brasil, Pernambuco
Mabel é educadora em Caruaru - Pernambuco - e integrante do Coletivo de Educadores de Jovens e Adultos de Pernambuco.
Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.
Texto original
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