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A Difícil Arte de Registrar e o BAM

(L’art difficile de fixer des expériences par écrit et la BAM)

Margarida Costa ROSAS

06 / 1996

Ultimamente, a partir da inicialmente árdua tarefa de registrar pensamentos, reflexões, vivências de trabalho, etc, que decidimos no Coletivo de Pernambuco, com o objetivo de trocar experiências, ampliar o grupo nestas discussões que nos possibilitam um maior crescimento, tanto profissional como pessoal, tenho sentido mais facilidade em colocar no papel minhas emoções.

Acho que a idéia do BAM foi muito estimulante para todos nós, já que se forma uma rede de intercâmbio voluntário, pode-se chamar de amigo, já que todos os participantes podem se expor colocando-se autenticamente na folhinha branca, antes uma inimiga, pois qualquer que fosse a cor de nossa caneta, o registro estava lá para sempre.

Hoje, sinto mais leveza nesse expor de idéias. Talvez a mesma leveza dos meus tempos de adolescente, quando sentia prazer em registrar tudo em diário, e toda história vivida virava poesia. E sinto leveza também nos meus companheiros do Coletivo. Mesmo que o tempo, olha ele aí novamente, não permita grandes pausas para este exercício de catarse, de auto-conhecimento que é a escrita, e enquanto não colocamos o registro como hábito necessário para o nosso crescimento e de nosso trabalho.

Não tenho me preocupado com o estilo, o estético do que registro. Muito mais importante é a necessidade de dividir os grilos com as pessoas que têm a mesma preocupação que nós. Sinto que esta despreocupação com a forma de escrever me faz mais solta, mais ousada.

A idéia do registro veio no momento certo para nós, Coletivo de Pernambuco, já que nos faz mais participantes desse grupo, diminui as distâncias entre os amigos. E avaliando o nome, o BAM é realmente de ajuda mútua/troca, criar e recriar nossos passos.

O necessário agora é jogar a bola para frente (ou será jogar a tinta no papel?), estimular-nos com as leituras das fichas dos nossos companheiros, enriquecermos com as experiências dos Coletivos do Rio de Janeiro e de Pernambuco.

Mots-clés

éducation populaire, éducation, banque de données


, Brésil, Pernambuco

Notes

Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.

Source

Texte original

SAPÉ (Serviços de Apoio à Pesquisa em Educaçào) - Rua Evaristo da Veiga, 16 SL 1601, CEP 20031-040 Rio de Janeiro/RJ, BRESIL - Tel 19 55 21 220 45 80 - Fax 55 21 220 16 16 - Brésil - sape (@) alternex.com.br

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