A Cultura como atividade de trabalho e emoção, sempre fez parte de minha experiência de vida. Este ano, mais precisamente em março, recebi como proposta trabalhar cultura através do "mamulengo", de maneira sistematizada tendo como palco a realidade dos alunos do CAIC (Centro de Atenção Integral à Criança). Como afirmei anteriormente, já havia me envolvido com várias atividades culturais como teatro e até mesmo mamulengo, mas nunca havia vivenciado todo o processo de criação que gostaria de escrever aqui. Nessa perspectiva, iniciamos o trabalho. O processo de criação foi nos envolvendo aos poucos: primeiro mexendo no papel reciclado, depois molhando-o até transformá-lo em boneco.
Qual a nossa euforia ao dar vida aquele monte de papel que antes era lixo e vê-lo agora como: soldado, nega maluca, benedito, personagens saídos do nosso cotidiano e vindo ao mundo pelo milagre das nossas mãos.
Fazer as roupas coloridas e espalhafatosas, montar a tolda (de uma caixa de geladeira), aprender as técnicas, construir o texto e montar a história foi uma experiência gratificante e mágica. Tudo isso nascido do milagre da criação. Do milagre que nasceu de nossas mãos. O resgate da auto-estima, o prazer e o gosto pela arte, descoberta e construção de histórias, o exercício livre que vem da cultura é experimentado e reforçado em nossa oficina. Nossos alunos são mais soltos, concentram-se melhor em sala de aula, são mais abertos, mais felizes. Não só pela utilização das linguagens expressivas, mas por estarem numa atividade prazerosa, envolvente, escolhida e construída por eles.
A cultura da paz, no espaço democrático da escola é nossa busca cotidiana. Fazer da escola um lugar emocionante, vivo, pulsante onde é permitido sonhar e trabalhar as emoções é esse o nosso objetivo. E a Arte, veículo de ligação mágico e concreto entre o homem e seus mundos, é apoio, busca e desafio que fazemos e refazemos todos os dias, no movimento de nossas mãos.
éducation populaire, éducation, culture populaire, culture de paix
, Brésil, Pernambuco
Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.
Récit d’expérience ; Texte original
SAPÉ (Serviços de Apoio à Pesquisa em Educaçào) - Rua Evaristo da Veiga, 16 SL 1601, CEP 20031-040 Rio de Janeiro/RJ, BRESIL - Tel 19 55 21 220 45 80 - Fax 55 21 220 16 16 - Brésil - sape (@) alternex.com.br