Medo de quê? De solidão? De separação? De Envelhecer? Do inesperado? São esses e outros milhões os nossos medos. Mas não os verdadeiros, esses (verdadeiros) não podemos mais esconder e tornaram-se incomuns à nós brasileiros. Por isso confesso: tenho medo até de falar de que realmente temo, mesmo assim, tentarei. E começo falando pelo medo causado por pessoas que se subdividem em grupos organizados e prontos para manifestarem suas vontades, por mais absurdas que sejam e descarregarem sobre nós o que tanto nos assusta (injustiça e desigualdade).
Acompanhando essa violência sempre impune, que permite ou até induz às pessoas a praticarem atos indignos à pessoas inocentes e indefesas, que em nada contribuíram para que esses momentos de horrores pelos quais estamos passando, se instalassem em nossas vidas de forma brutal e quase absoluta. Que ceifam vidas e castram sonhos. Assusta-me também a prática de políticos indecentes e desordeiros, que nos privam de exercermos nossa cidadania, e devoram até mesmo o nosso desejo de lutar, enfraquecendo e desestimulando o nosso povo guerreiro, que desafia o poder, e por isso é tão sacrificado e até mesmo castigado.
A lembrança dessas violências cometidas, cravam-se em nossas mentes e desfaz-se logo em seguida, quando um fato é sempre seguido por outro, mais forte, mais bárbaro.
Imaginem que enquanto a sociedade discute e tenta entender o que levou os brutamontes (Pms) de Diadema a cometerem atos de indignidade e vergonha. Quatro bestas humanas saem de suas casas e resolvem brincar de queimar gente. E diante de tudo isso, cresce a desesperança, enchendo nossos dias de tormento e turbulência. Parece até que os homens de pouca fé resolveram transformar as promessas de Cristo, e deixá-las às avessas, o que nos deixa uma grande preocupação: partir para o próximo século acreditando no DESAMOR. Pois estaremos acumulados de frustrações, decepções, dúvidas, recalques, resentimentos, amarguras, sacrifícios e ansiedades. E nossa era com certeza não terá um final FELIZ.
Estimular o registro e a sistematização de experiências pedagógicas
Edileuza faz parte do Coletivo de Educadores de Jovens e Adultos de Pernambuco e é arte-educadora no Mnicípio de Caruaru.
Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.
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