A história de Agueda Maria de Oliveira
09 / 1996
Sensibilizada com os problemas de seu bairro, Agueda se interessou em participar do Movimento Popular dentro da UMJIR - União dos Moradores do Jardim Iracema, bairro localizado a 5 km do centro de Fortaleza. No bairro, de 70.000 mil habitantes (Fundação Nacional de Saúde, 1995), 60.000 pessoas não tinham escola, daí cresceu mais seu interesse de luta se engajando no Movimento Estudantil.
No início, sua postura era de observação e de aprendizagem, participou de alguns cursos de formação. Quando aconteceram as campanhas políticas dentro do bairro, ela se interessou em participar mais ainda do movimento, trabalhando diretamente com a Comunicação, especificamente o Jornal e a Rádio Comunitária. Sua maior preocupação nesse período era a capacidade de organizarem diante das discussões e objetivos que almejavam.
Por orientação de pesquisadores do bairro já formados e pela necessidade de aprender mais técnicas, ela foi selecionada para o Curso de Planejamento Urbano e Pesquisa Popular do Cearah Periferia. Neste espaço de aprendizagem ela percebeu os problemas sociais da cidade e pode perceber melhor a realidade na qual estava vivendo em sua comunidade. " A gente tava pretendendo discutir essa questão do esgoto sendo implantado na cidade e outras questões urbanas que a gente quer mudar", diz ela objetivando discutir o problema que existe no bairro e que se reflete na cidade. Durante o curso, foi interessante discutir os problemas de outros bairros, modelos de organização, isso contribuiu para sua visão mais realista das lutas.
Hoje, o desejo de construir uma área verde, tipo parque ecológico, em seu bairro faz parte de seus planos para o bairro, faltando apenas elaborar um projeto dentro da área de Especialização do Curso.
movimento social
, Brasil, Fortaleza
A necessidade de luta para mudar a realidade de uma comunidade, está presente em pessoas sensibilizadas e conscientes da importância da organização. Para que esta organização amadureça é necessário haver formação contínua na perspectiva de crescer a capacidade de diálogo e negociação.
Entrevista com MARIA DE OLIVEIRA, Agueda
Entrevista
CEARAH PERIFERIA
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