1° Conferência Nacional de Comunicação, caminho necessário para democratização da informação
Marcio VIEIRA DE SOUZA, Renan BERNARDES
07 / 2008
Através da luta e da pressão realizada por todos os movimentos sociais ligados à área da comunicação, busca-se a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que deve ser convocada pelo poder Executivo. A partir desta, tenta-se proporcionar um espaço de participação popular e controle social, ou seja, almeja-se constituir um espaço público para que sejam discutidos vários assuntos, estabelecendo suas diretrizes políticas. Trata-se de um espaço público para trazer assuntos que geralmente são discutidos na esfera privada. Em conferências como esta se alcança o mais profundo sentido da palavra democracia. Ocorre, porém, que muitos empresários que tem o monopólio dos meios de comunicação, são resistentes a este tipo de movimentação social, manipulando os interesses de toda uma sociedade. Em contra partida, os movimentos sociais como o FNDC, vem se empenhando desde a década de 90, para que este “sonho” aconteça. Esta entidade é um exemplo de luta para a realização desta conferência, visto que busca fazer deste episodio algo conhecido por toda a população, ou melhor, um fato político.Resultado desta divulgação são os projetos de lei que dizem a respeito a uma nova formulação para o marco regulatório nas Comunicações. De acordo com um relatório elaborado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Informação(FNDC), em setembro de 2007, cerca de 192 de Projetos lei estão sendo propostos no Congresso Nacional que, divididos por temas, se classificam da seguinte maneira: 26 estão relacionados a temas de liberdade de expressão e direito à informação, 36 a radiodifusão comunitária (rádio e TV), 05 digital das comunicações (rádio e TV), 33 TV por assinatura, 7 sobre Conselho de Comunicação Social, 24 banda larga, inclusão digital e FUST , 18 relacionados a Convergência (radiodifusão e telecomunicações) e por fim 43 publicidade de tabaco e bebidas alcoólicas (Revista Mídia com Democracia, pag. 29). O professor na Universidade Federal da Bahia, Antonio Albino Canelas Rubim, concorda que esta democratização está sendo mais discutida do que décadas atrás, de acordo com ele “até acho que o tema da democratização da comunicação já foi muito mais restrito” (Revista Mídia com Democracia, pag. 07).
movimento social, papel dos meios de comunicação, influência dos meios de comunicação, democracia, monopolio da comunicação
, Brasil
Surge a pretensão de que seja realizada, de forma urgente, a 1° Conferência Nacional de Comunicação, como um caminho necessário para democratização da informação e enfim o alcance pleno do direito a informação garantido constitucionalmente. A integração de movimentos sociais que ajudem nesta discussão para que esse assunto se torne algo efetivamente publico é premente.
Antonio Albino Canelas Rubim é professor na Universidade Federal da Bahia, graduado em Comunicação e em Medicina, possui mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo. O pesquisador atua em diversas áreas, como Cultura e Poder, Políticas Culturais, Mídia e Eleições, Comunicação e Política, Sociologia da Cultura no Brasil,e Comunicação e Sociabilidade
MESSAGI,Mário Júnior. OLIVEIRA, Fernando César. Por que realizar a Conferência Nacional de Comunicação?www.fenaj.org.br/materia.php?id=2132 – 16\06\2008.
Artigo originalmente publicado na edição de maio/junho do jornal « Extra Pauta », do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR), escrito por * Mário Messagi Júnior, jornalista, professor da UFPR e diretor do Sindijor-PR. e Fernando César Oliveira, jornalista, membro do Coletivo PT de Comunicação
FNDC- Fórum Nacional pela a Democratização da Comunicação - Revista Mídia com Democracia – Mídia critica a política,mas faz parte dela.6ª ed. – outubro de 2007, pag.07.
FNDC- Fórum Nacional pela a Democratização da Comunicação - Revista Mídia com Democracia – Sociedade avança a caminho da Conferência Nacional de Comunicação.6ª ed. – outubro de 2007, pag.29
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