(Historique de la lutte pour la démocratisation de la communication)
09 / 1993
A nivel mundial o surgimento do movimento pela democratizacao da comunicacao esta ligado com as discussoes patrocinadas pela UNESCO na decada de setenta sobre a necessidade de uma Nova Ordem Informativa , ja naquele tempo se via a nivel internacional um fluxo desigual das informacoes, privilegiando os paises do norte em detrimento dos paises do terceiro mundo , os paises do sul. A nivel politico e academico o palco de uma discussao mais seria sobre as questoes das comunicacòes e a sua importancia crescente no mundo moderno, tiveram a sua expressao organizada naquela decada. Entao os Estados Unidos e a Inglaterra brecaram esse processo de discussao da Nova Ordem Informativa, inclusive se retirando da UNESCO. Mas o embriao ficou. Em varios paises esse movimento comecou a se desdobrar em avaliacoes internas, locais, sobre o direito a informacao, direito a comunicacao , a defesa do telespectador, do radio-ouvinte, do leitor em geral, da sociedade perante o poderio crescente da midia. Esse periodo pos setenta a uma evolucao extraordinAria dos meios eletronico, e isso foi colocado nao so no Brasil mas em outros paises a discussao sobre as formas de defesa da sociedade perante esse poder da midia.
Historicamente existe toda uma luta, desde o comeco do seculo, jase discutia a questao do poder da imprensa, mas de uma forma mais organizada, se colocando a questao da sociedade, dos pobres e dos oprimidos. Porem e somente na decada de setenta que ela toma uma forma mais organica . No Brasil, a expressao disso e em oitenta e dois, oitenta e tres, onde se forma a Frente de Politicas Democraticas de Comunicacao, em geral puxadas pelas entidades profissionais, ou seja, sobretudo jornalistas. O movimento dos radialistas naquela epoca ainda era muito dominado pelas correntes conservadoras. Esse movimento pela democratizacao da comuicacao tem uma primeira expressao na constituinte de 1988, com algumas vitorias parciais, como o capitulo da comunicacao social que evidentemente nao refletiu o que postulavam as forcas democraticas, mas foi um primeiro espaco institucional, alcancado para discutir a questao da comunicacao de forma global.Atualmente depois articulacao das ONGs junto ao movimento, vive-se um processo de massificacao junto as chamadas organizacoes da sociedade civil e organizacòes nao- governamentais.
A questao da comunicacao e cada vez mais condicionante das relacoes politicas, sociais, culturais, perpassando todas as relacoes da sociedade.Estaacontecendo uma adesao crescente dessas entidades a esse processo e a discussao da comunicacao, do direito a informacao, ou seja , a uma incorporacao de setores da sociedade que nao se colocavam no cenario, como atores desse processo de reordenamento do sistema informativo.
Estamos no seguinte estagio, comenta Americo:" deixou de ser uma luta restrita de alguns setores profissionais , academicos e comeca a ganhar uma dimensao de massa. Claro que ainda nao no volume e do tamanho desejado, mas e esse o caminho que a gente estavendo hoje. Ha uma perspectiva mais concreta de adesao desses setores marginalizados, sindicais, populares e comunitarios a essa discussao".
Este texto e baseado em discussoes e uma entrevista realizada pelo autor com Americo Antunes, presidente nacional da FENAJ (Federacao Nacional dos Jornalistas do Brasil)realizada durante a IV Plenaria do FORUM NACIONAL PELA DEMOCRATIZACAO DA COMUNICACAO que aconteceu no Rio de Janeiro em 26, 27 e 28 de marco de 1993.
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SOUZA, Marcio Vieira de, DIALOGO-CULTURA E COMUNICACAO, 1993/09/09
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