09 / 1994
Eu, Maria do Carmo da Silva Pontes, Supervisora de Ensino de jovens e Adultos da Secretaria de Educação de Olinda, relato aqui o acúmulo do que foi vivenciadonos dois últimos encontros de Alfabetização de jovens e adultos de Pernambuco, animado pelo SAPÉ (encontros III e IV).
O primeiro encontro foi colocado de início para o grupo da supervisão, onde eu narrei as experiências vivenciadas. Teve também a exposição de fotos que foram registro e um ponto para nós do grupo de Olinda, olharmos as fotos e dizer cada episódio vivido pelo grupo, com o peso para "Linguagens Expressivas" e "O Papel do Aluno".
Minha contribuição nas escolas foi colocar os professores a par do que foi vivido por nós no encontro do SAPÉ. Tivemos uma conversa e uma discussão sobre como poderíamos trabalhar melhor o aluno e as "Linguagens Expressivas". Depois fizemos um debate sobre as seguintes questões: Quem é o aluno (adolescente e adulto)? Qem é o professor? E, por último, a questão do aluno e as "Linguagens Expressivas". Isso aconteceu em três escolas diferentes deixando os professores pensativos e críticos com aquilo que foi vivido no encontro.
Mostrei aos professores o Relatório do III Seminário de Alfabetização de Adultos de Pernambuco (julho - 1993), enviado pelo SAPÉ, mostrando a eles tudo que foi feito e discutido naquele encontro. Ficaram tão surpresos com o que viram, que logo quiseram saber quando ocorreria um próximo. Queriam ainda saber se era possível particpar de um próximo encontro. Eu falei que são limitadas as vagas.
O encontro foi bastante proveitoso e os professores puderam colocar suas expectativas e seus objetivos futuros em questão.
O segundo encontro, tratou da formação do alfabetizador, tendo como reflexão a conjuntura nacional e internacional, referindo-se à educação e tendo como base de estudo os seguintes textos: "Educação Básica e Formação Profissional - uma visão dos empresários", Mudar o desenvolvimento: o contrato cultural, o cidadão e a democracia", O espaço do conhecimento.
Ao chegar em casa estudei os textos para poder repassar para os colegas (supervisoras e professores). Devido ao fato dos textos terem sido entregues a mim quando voltei do encontro. O repasse foi feito das seguintes formas:
Na reunião de supervisão, expondo para os colegas tudo que foi vivenciado no encontro e inclusive as nossas dificuldades com os textos citados acima. Falei das temáticas: "Formação do Alfabetizador/Educador, No Contexto Neo-Liberal" e "Linguagens Expressivas". Aconselhei ao grupo a leitura dos textos para melhor discutir o assunto e propor sugestões (se for o caso).
Também com os professores foi feita uma reunião e discussão com o grupo. Lanço perguntas e eles dão respostas de acordo com o que foi exposto: quem são os alunos? Qual o papel do educador no momento atual? Qual a postura do educador diante do aluno? Relação conteúdo metodologia; a deficiência no curso de magistério.
Fiz uma leitura dos textos em dias diferentes com os professores e pedi um resumo do que eles entenderam.
Acharam os textos de compreensão bastante difícil.
Eu trabalho com os professores as minhas experiências obtidas em seminários e as experiências diárias, fazendo assim um gostoso suco de frutas para se tomar.
educación popular, educación, formación
, Brasil, Pernambuco
Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.
Texto original
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