A história de Monaci Bernardo Pinto
07 / 1996
No ano de 1992, o Cearah Periferia lançava o Projeto Memória de Nossas Lutas, com o apoio da Fundação para o Progresso Humano e assessoria do GRET Urbano Brasil, dando continuidade à capacitação de lideranças comunitárias da periferia da cidade de Fortaleza. Em 1991, O GRET e o ESPLAR, duas ONGs atuando na cidade, capacitaram líderes de alguns bairros periféricos da cidade. O projeto Memória de Nossas Lutas direcionado a capacitar os líderes para o resgate de suas lutas em seus bairros, foi dividido em três sub-projetos:
, Treinamento de Pesquisador Popular
, Apoio a Centros de Documentação
, Fundo Rotativo de Edições Populares
Dentre os 18 alunos que concluíram o treinamento, estava Monaci da União dos Moradores do Jardim Iracema - UMJIR. Monaci começou seu engajamento no Movimento Popular com 12 anos de idade, após uma campanha eleitoral dentro de seu bairro, participando da organização da UMJIR, percebendo as coisas importantes pelas quais deveria lutar para mudar a "cara" de seu bairro.
O contato com outras comunidades dentro do treinamento reforçou a integração com alguns bairros e concretizou em outros. Para ele, serviu como eles funcionavam, isto é, os que não possuiam um nível de organização mas as lutas para melhorar o quadro. A importância da capacitação das lideranças para melhor propor mudanças, o levou a se inscrever. "Na época, eu tinha a cabeça fechada para algumas coisas, não conhecia sobre pesquisa, como entender a cidade e no curso, eu passei a entender tudo isso."
Monaci trabalhou em algumas outras pesquisas, após o término do treinamento, e foi convidado para trabalhar no CIDADES - Centro de Documentação inserido no Cearah Periferia. Fez vários trabalhos com fotografia e vídeo, como também, capacitou outros líderes comunitários em outras turmas do Curso de Planejamento Urbano. Seu projeto, é desenvolver uma pesquisa específica sobre a educação, saúde, emprego, e quem sabe, fazer um mapeamento do bairro.
Seus planos para fortalecer ainda mais a luta por melhores condições de vida é pelo trabalho de comunicação com as pessoas, jornal comunitário e rádio comunitária para que se resgate a cultura.
A questão do trabalho de comunicação nos bairros é um fator capital nas entidades comunitárias para que exerçam seu papel político de transformador da realidade. Através da comunicação, os moradores de bairro se integram de uma forma mais homogênea, craindo espaços de discussnao e reflexão, gerando assim momentos democráticos de construção do bairro e consequentemente, da cidade.
Entrevista com BERNARDO PINTO, Monaci
Entrevista
CEARAH PERIFERIA
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